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José Anunciado Arantes
Quando o destino escreve, não há borracha que apague!
Textos
A música que martela




     Não sei se acontece com todo mundo, mas acredito que sim. Você acorda com uma música, às vezes só uma melodia, na cabeça e ela fica martelando na sua orelha o dia inteiro.
   
      Quando é uma música que agrada, no meu caso, um
Gil, Caetano, Beatles, Stones, Led Zeppelin, Milton Nascimento, Roberto Carlos, Djavan etc (Viram que meu ouvido é bem eclético, né?), tudo bem.
    
      Ruim quando você é surpreendido por um lixo sonoro, tipo aqueles virais midiáticos, que invade e se apossa do seu ouvido e nada tira o danado de lá.
    
      Não adianta tentar substituir por outra; Não adianta se concentrar e tentar esquecer. Quando você menos espera está lá, assobiando ou cantarolando a praga outra vez. Sem contar que você pode passar por alguns apuros, tipo assobiar a marcha fúnebre numa festa de aniversário, ou o contrário, parabéns a você num velório, já pensou?
    
     E a gente nunca sabe de onde nossa memória tira e que critérios utiliza pra achar coisas tão variadas. Eu, por exemplo, já acordei assobiando "
A voz do Brasil", na verdade, a famosa composição de Carlos Gomes, "O Guarani"; Já pulei da cama cantando "Eu não sou cachorro, não" do Waldick Soriano. Nada contra, mas nada a favor também, não é lá minha praia, pelo menos frequente.
    
     Já me peguei também cantando "Tu
és, divina e graciosa, estátua majestosa do amor por Deus esculturada...", ou até "Eu amanheço pensando em ti, eu anoiteço pensando em ti...", Tá certo que "Rosa" é uma belíssima obra-prima do Pixinguinha e "Pensando em Ti" maravilhosa obra de Herivelto Martins/David Nasser na voz de Nelson Gonçalves, mas pô! entrega a idade, né?

     Mas, depois de muito tentar, achei um jeito, acho que o único, de apagar, tentar apagar ou substituir  essa memória: Voltar pra cama e cochilar mais um pouquinho, 15 minutos que sejam, são suficientes.

     Até hoje só precisei utilizar essa técnica uma única vez. Também pudera, acordei tentando, vou repetir,  
T E N T A N D O assobiar o hino do Corinthians.
    
     Disse tentando porque embora a mente (software) mandasse, a boca (hardware) se recusava terminantemente a executar.

     Era muito para um coração PALMEIRENSE. Teria dormido o dia inteiro se preciso fosse, fala sério, hein!








21/11/2012

 
José Anunciado Arantes
Enviado por José Anunciado Arantes em 12/03/2013
Alterado em 08/10/2019
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