Oh! Bendito poeta
Da verve imortal,
Teu espírito ainda flerta
Com a canção magistral.
Tua alma ainda vestal
Vagueia sempre alerta,
Na busca zenital
Da canção que liberta.
Teu sonho ainda ecoa
Na vastidão do infinito,
Como fonte pura e boa.
Mas no coração do aflito,
Por mais que ainda doa,
Não chegou o teu grito.
14/03/2013
Antônio Frederico de Castro Alves (Curralinho, 14 de março de 1847 — Salvador, 6 de julho de 1871